segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O desenrolar dos fatos que mudaram a história da Imprensa no Brasil


Gutenberg – O Pai da Imprensa

A vida de Johannês Gensfleisch Zur Laden Zum Gutenberg ou simplesmente Gutenberg é de tão singular importância para a Imprensa Brasileira, mas é cheia de mistérios. Não se sabe ao certo a data do seu nascimento. Aprendeu de tudo um pouco. Quando foi trabalhar como aprendiz para o arcebispo de Meinz, uma das capitais do Sacro Império Romano, fabricou moedas para seu estado. Aprendeu tudo sobre cunhagem, temperaturas, fundição, metais preciosos, matrizes, prensas. Trabalhou em uma adega onde fez pesquisas sobre impressão sem que ninguém desconfiasse dele, pois pesquisava sem chamar atenção. Foi assim que aperfeiçoou mais e mais sobre a impressão.

Gutenberg fez melhorias significativas nos blocos de impressão. Os tipos móveis já existiam na Europa, eram de madeira e não tinha muita resistência, Gutenberg inventou os tipos de chumbo fundido, mais resistente e de grande durabilidade e o melhor: eram reutilizáveis. Desenvolveu tintas à base de óleo que melhoraram o uso dos tipos. Inspirado nas prensas de espremer uvas para fabricar vinho, assim Johannês Gutenberg aperfeiçoou uma prensa gráfica. Com tudo isso contribuiu muito para o desenvolvimento da imprensa.
O primeiro livro impresso por Gutenberg foi à Bíblia. A impressão começou em 1450 e o processo durou, aproximadamente, cinco anos, até março de 1455.

Os 200 anos do nosso primeiro jornal

No dia 10 de setembro de 2008, comemoraram-se os 200 anos do primeiro jornal editado e impresso no Brasil, a Gazeta do Rio de Janeiro. Foi rodado nos prelos vindos a bordo da nau medusa, da frota que trouxe a corte portuguesa e foi impresso na Impressão Régia, hoje, Imprensa Nacional.
A data é um marco para o jornalismo brasileiro. O jornal era escrito por nobres portugueses e intelectuais brasileiros que viviam na nova capital do reino. Era um jornal de conteúdo diversificado, informativo. Circulava semanalmente aos sábados, e a partir do segundo número, quartas e sábados. Números extras podiam sair a qualquer dia. Em julho de 1821, passou a sair nas terças, quintas e sábados.
 Registrou a vida social e cultural nos seus 14 anos de vida e foi também, um jornal que publicava os atos do governo, assim como, hoje o Diário Oficial da União. Nos seus 14 anos de existência, ele ofereceu ao Rio de Janeiro algo fundamental: informação. Ao todo, o primeiro jornal impresso no Brasil publicou 7.495 páginas até o último número, o 157, que foi às ruas em 31 de dezembro de 1822.
De modo até avançado, refletiu uma sociedade ainda colonial. Os anúncios tratavam de aluguel de cavalos e carroças, vendas de terrenos e casas, escravos, achados e perdidos, anúncio de furtos, leilões. Tudo era muito bem explicado.
Aos poucos, a forma e o conteúdo dos anúncios mudaram. Ao invés de anunciar vendas de casas, cavalos, escravos, passou a oferecer livros, tecidos, luvas, leques, relógios e muitas outras mercadorias importadas, além de oferecer outros tipos de serviços. Os cabeleireiros apresentavam seus serviços, como: cortes, pinturas, penteados, sobrancelhas, tudo na última moda de Paris e Londres. Bijuterias, chapéus, leques, vestidos franceses e portugueses passaram a ser anunciados também.
Vale ressaltar que, na Gazeta, trabalhou o primeiro jornalista profissional do Brasil: Manoel Ferreira de Araújo Guimarães.

Hipólito José da Costa – Patrono da Imprensa Brasileira


Hipólito José da Costa, desde criança, gostava muito de estudar. Terminou seus estudos cedo e, como no Brasil não havia universidade, mudou-se para a Europa. Estudou em Coimbra, em Portugal. Dedicou-se à filosofia, à matemática e às leis. Foi preso por três anos, pois desconfiaram que ele estivesse envolvido com a maçonaria, o que, na época era proibido em Portugal. Um amigo de Hipólito da Costa, Duque de Sussex, o ajudou a fugir da prisão. Se ele não tivesse escapado, seu destino seria a forca. Seguiu em direção a Londres. E foi lá que conseguiu realizar seu grande sonho, produzir o primeiro jornal do Brasil, impresso em Londres.


O Correio Braziliense, também é bicentenário junto com a Imprensa Nacional. No dia 1º de junho de 2008 completou aniversário. São dois séculos de notícia. Podemos dizer que é um sobrevivente. Desde o início tentaram fazê-lo calar, mas Hipólito da Costa acreditou e colocou em risco sua própria vida em prol deste ideal. Na época da fundação do Correio Braziliense, o Brasil era uma colônia totalmente explorada e dependente de Portugal. Na época, nada que falasse mal da coroa podia ser divulgado.
O jornal Correio Braziliense era escrito em português, impresso em Londres e enviado para o Brasil. Demorava até três meses para chegar. Vinha clandestinamente nos porões do navio porque criticava o governo de Dom João VI. Era um jornal muito comentado pela sociedade, que, sedenta por informações, aguardava a chegada do jornal pois queria saber o que acontecia na corte.
O Correio Braziliense, de Hipólito José da Costa, foi produzido em Londres até 1822. Teve 175 edições. Hipólito da Costa morreu em 1823, aos 49 anos, um ano depois de o Correio deixar de circular.
Em 2001, os restos mortais dele foram trazidos para o Brasil e depositados em um monumento no museu da Imprensa Nacional, em Brasília.


O monumento onde estão os restos mortais de Hipólito José da Costa, foi construído em julho de 2001. O Correio Braziliense tinha um desejo de trazê-lo para Brasília, eles queriam que o monumento fosse erguido no espaço onde fica o prédio do Correio Braziliense. Mas isso não foi possível, pois há uma lei que diz, que monumentos históricos não podem ficar em locais privados. Então o Correio Braziliense procurou a Imprensa Nacional que gentilmente cedeu o espaço para que uma herma fosse construída e os restos mortais de Hipólito da Costa fossem ali depositados.

Correio Braziliense em Brasília
Juscelino Kubitschek queria um jornal na sua nova capital, entrou em contato com um dos maiores empresários das comunicações, Assis Chateaubriand, e fez uma proposta para que o jornal fosse entregue no dia da inauguração de Brasília. Juscelino Kubitschek queria um nome que combinasse com a cidade. Então, JK negociou a patente com a família de Hipólito da Costa, em Londres, e chamou o novo jornal de Correio Braziliense.
Em 21 de abril de 1960, circulou o primeiro exemplar do Correio Braziliense em Brasília, exatamente no dia da sua inauguração e continua até hoje presente na vida e nos momentos mais importantes da Capital da República.

DAREI CONTINUIDADE A ESTA LINDA HISTÓRIA AMANHÃ. ESPERO POR VOCÊS!

Um comentário:

  1. Cada vaz que venho aqui aprendo mais do que sabia, Pequenos detalhes eu não conhecia, como o interesse de JK pelo nome do CB.
    Fiquei fã.Virei sempre que puder,

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